sexta-feira, 11 de março de 2011

Esculturas Egípcias

Denomina-se escultura não somente a arte de modelar o barro, a cera, esculpir madeira, pedra, fundir metal, ou construir em metal ou plástico estátuas, relevos, estruturas, mas também aos produtos finais de tal arte, uma das mais antigas praticadas pelo homem e uma das mais disseminadas pelo mundo, desde épocas bastante recuadas. Em sua forma mais simples, consiste a escultura em argila que o homem plasma com as mãos, segundo a finalidade a que a destina - recipientes para seus alimentos, ídolos para o culto, etc. Mais tarde, para fazer estátuas mais duradouras de seus deuses, de seus soberanos ou de seus heróis, o escultor lança mão da pedra, que corta e adapta aos fins que tem em mente atingir. Plasmar ou modelar a argila, cortar ou esculpir a pedra ou a madeira: eis dois métodos postos em uso desde a Pré-Historia pelo homem. 0 primeiro é o chamado método plástico; o segundo, o método glíptico. Pelo método plástico, a forma desejada é obtida pela adição sucessiva de material - argila, cimento, cera; pelo glíptico, com a diminuição lenta mas constante de material - pedra, madeira, a partir de um bloco íntegro que pouco a pouco vai-se adaptando aos desígnios do escultor. Esses dois métodos são a maneira especial pela qual o escultor se comunica com o mundo exterior, pouco tendo variado através de milênios. E mesmo certa escultura do séc. XX, cada vez mais próxima da arquitetura (Tatlin, "Projeto de Monumento à III Internacional", 1920; Vantongerloo, "Construção de Relações de Volumes que Derivam da Elípsdide", 1926; Gabo, "Projeto de Monumento ao Prisioneiro Politico Desconhecido", 1953; Schöffer, Cysp 2, 1956), a ponto de merecer de preferência a denominação de construção, já não mais de escultura, mesmo essa escultura do séc. XX tem de utilizar, em certos momentos, um dos dois métodos acima descritos, quando não os combina num terceiro procedimento. Tal como a música é a arte do sentido auditivo, a escultura é a que se destina especialmente ao sentido do tato. Michelangelo, quase cego e já ao fim da vida, pedia a amigos que o conduzissem junto ao Apolo do Belvedere, a fim de que, tocando-o, pudesse sentí-lo, vê-lo; cega, Helen Keller freqiientava o atelier de escultores seus amigos, já que a escultura era a única das artes visuais de que podia ainda fruir; Constantin Brancusi, enfim, compreendeu perfeitamente esse aspecto da escultura, ao denominar uma de suas obras de "Escultura para Cegos". Toda a escultura da Antiguidade Clássica obedece a esse princípio, segundo o qual o olho se acha sempre subordinado e subjugado ao tato; princípio, aliás, que norteará a arte escultórica de tendência tradicional, em todas as épocas e mesmo nos dias que correm.

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/


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